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Você pode ter em mente todo o conhecimento e vivência de sua jornada, mas se não souber encaixá-la em um storytelling organizado, eficiente e persuasivo, perderá grandes chances em sua vida.
Você pode acabar como esse palestrante, que não soube contar sua história de forma cronológica, confundindo a plateia sem alcançar seu propósito de forma adequada.
Você também pode passar pelo mesmo que o CEO, que se preocupou tanto com o ego que acabou esquecendo completamente das regras básicas do storytelling para envolver e encantar os clientes.
Como evitar esses erros e saber exatamente quais técnicas aplicar na minha apresentação?
Existem técnicas adequadas capazes de te ajudar a alcançar o sucesso ao apresentar sua história. Essas técnicas são essenciais para deixar sua história mais organizada, envolvente e atraente para o público.
Se engana quem acha que o storytelling se limita apenas a “Jornada do Herói”. Hoje vou te passar algumas das técnicas que utilizamos aqui na Raios, para desenvolver histórias poderosas que realmente encantam.
Essa técnica foi apresentada pelo antropólogo Joseph Campbell, em seu livro “O Herói de Mil Faces”. Ela é composta por 12 etapas e dividida em 3 atos: A partida, A Iniciação e o Retorno. Durante os atos, o herói percorre por altos e baixos em busca de uma transformação.
De acordo com Campbell, a técnica, também conhecida como Monomito, é uma forma de construção narrativa encontrada nas principais histórias da humanidade, como a vida de Jesus Cristo, Buda, Osíris e Prometeu.
A Jornada do Herói pode ser utilizada dentro da sua narrativa, seguindo os 12 passos descritos na figura abaixo:
Segundo Joseph Campbell, ao passar por cada um desses estágios, criamos uma narrativa completa.
É claro que você não precisa seguir essa estrutura ao pé da letra. Não queremos que sua história se torne robótica, sem vida ou mecânica demais para encantar alguém.
O ideal é que você molde sua história dentro da estrutura e de forma criativa, siga os passos que sejam compatíveis com a sua jornada. O objetivo é tornar sua história mais empática e humana.
Tome cuidado para não romantizar demais a sua história. As pessoas não caem mais em “histórias da carochinha’’. Estamos em busca de narrativas verdadeiras e transformadoras.
Um dos maiores estúdios de animações de todos os tempos, o Pixar Animation Studios, foi responsável por grandes sucessos da minha infância e talvez da sua também, como Toy Story, Procurando Nemo, Carros, Divertidamente, entre outros.
Se você perceber bem, todas as obras citadas usam uma base de estrutura bem parecida com a “Jornada do Herói”, só que mais simples. Essa estrutura também se divide em 3 atos: a apresentação, a ornada e a mudança.
Todas seguem o Framework de 7 passos:
1. Era uma vez...
2. Todos os dias...
3. Até que um dia...
4. Por causa disso...
5. Por causa disso...
6. Até que por fim...
7. Desde então...
A “Jornada do Idiota” também se parece muito com a “Jornada do Herói”, mas com alguns detalhes que podem se encaixar melhor em um contexto de humor e vulnerabilidade, trazendo o potencial de emocionar as pessoas que vão te escutar.
Se introduz como uma narrativa de lutas, dificuldades e muitos erros pelo caminho, que demostram a humanidade do personagem. Esses erros servem para demonstrar fragilidade e ao mesmo tempo, superação. As uniões desses dois elementos formam o ponto-chave para incluir o humor em sua história. O objetivo é mostrar as pessoas que sua jornada foi difícil, mas também humorada e frágil.
A história se encerrará mostrando que tudo pode dar certo e que todos também podem superar os seus desafios.
Esse modelo é ideal para se colocar como protagonista da história e, dependendo do contexto, inserir a figura de um mentor que te auxiliou em sua trajetória.
Muitos palestrantes motivacionais utilizam essa técnica na hora de contar histórias. Um dos exemplos mais conhecidos é o de Geraldo Rufino, que saiu de um lixão e deu a volta por cima com sua empresa. Podemos citar também o Rick Chesther, que apesar de enfrentar grandes desafios sendo camelô, conseguiu aprimorar seus conhecimentos, estudar e se firmar como um empreendedor de sucesso.
A narrativa se inicia com um problema pontual e conhecido por todos. Depois de apresentar o personagem principal e os aspectos normais de sua vida pacata, chega um dia que algo ruim acontece. O problema-chave pode ser uma empresa falindo, uma demissão, um conflito interno...
No final de tudo, você consegue sanar o problema, com muito esforço, dedicação e ajuda de alguém, através de uma solução interna. Isso revoluciona a sua vida, mesmo sendo uma pessoa comum. A partir dessa resolução, você demonstra aos espectadores todo o processo que te fez sair do fracasso para a fama.
Essa se encaixa muito no mundo da política, onde os candidatos utilizam o discurso de serem parecidos com seus eleitores, com o objetivo de conseguirem empatia e credibilidade.
Sabe aquele problema, aquela dor latente da maioria das pessoas, que é difícil de resolver sem ajuda? Você sabe como combatê-lo e travou uma batalha contra esse inimigo que todos odeiam!
Este modelo foi traçado por Robert Mckee, professor dos professores de roteiro de Hollywood. Uma de suas frases mais icônicas: “Ignore as partes chatas da vida”.
Seu desenvolvimento é parecido em partes com a “Jornada do herói”, onde apresentamos um personagem e seu status quo, até que seja interrompido por um incidente iniciante, algo relacionado a desejo. As forças antagônicas trazem um potencial para a virada de chave na vida do personagem, que se vê em meio as complicações progressivas, até conseguir sair dos apuros e se transformar dentro do seu aprendizado, ou até mesmo recuperar a sua recompensa.
Ele também traça outros modelos em sua bibliografia.
Você pode introduzir todas essas técnicas de construção de narrativas em qualquer contexto que precisar apresentar. São úteis tanto em palestras, onde você precisa envolver e encantar os presentes, quanto para reuniões de negócios, que exigem o preparo adequado para apresentar sua empresa de forma estratégica e assertiva.
Estar preparado é tudo para o momento certo, pois ele pode não acontecer novamente.
Sempre que você for construir o seu storytelling, pense no que você pretende entregar para quem vai te assistir e na forma como essas pessoas se sentirão transformadas com o que você pretende contar para elas. Não seja falso, nem crie narrativas falsas só para impressionar, pois elas descobrirão e você poderá se dar mal. Seja verdadeiro e empático ao máximo, para que as pessoas possam se conectar emocionalmente com você. O objetivo é que sua história seja capaz de abrir a mente delas para o que você quer transmitir.
Ficou curioso e sedento para aplicar essas técnicas na prática? Quer se preparar e entender como pode encaixar o storytelling em sua apresentação?
Nós da equipe Raios estamos preparando a todo o vapor algo novo, capaz de te deixar muito mais apto a construir suas narrativas de impacto. Será um minicurso, onde compartilharemos com você, de forma prática e criativa, a aplicação do storytelling por meio de planners e aulas objetivas, que vão expandir a sua mente!
Ficou curioso, né?
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